Um texto para aqueles que se sentem insuficientes perante os pais
É muito importante que você dê uma olhada no p.s. desse texto ou correrá o risco de se arrepender
Hoje eu quero falar diretamente com você. Sei que sempre escrevo na intenção de me conectar com quem está ai do outro lado, mas desta vez quero que você sinta que as palavras são só suas.
São para você que carrega — muitas vezes em silêncio — a sensação de que nunca é o bastante para os seus pais. Para você que vive com medo de desapontá-los, mesmo que isso signifique abrir mão de si mesmo.
Eu vejo a sua luta silenciosa.
Aquele instante em que você sente uma vontade imensa de romper com tudo isso e dizer “não”, mas um nó na garganta te impede de seguir em frente. Aquele momento em que a sua essência pede para ser ouvida, mas o medo de desagradar, de criar um conflito ou, pior, de ser rejeitado, paralisa cada movimento do seu corpo.
Você se vira nos trinta na tentativa frustrada de equilibrar tudo: agradar para ser aceito e ceder partes de si para preservar uma paz aparente, mas que, no fundo, parece não passar de ilusão.
Eu entendo a sua dor.
Porque esse padrão não foi uma escolha voluntária. Ele nasceu lá atrás, em um tempo em que tudo o que você queria era amor, aceitação e segurança. Quando criança, fazia sentido acreditar que agradar os seus pais era a única forma de garantir esse amor — e, de certa forma, era mesmo.
Mas você não é mais aquela criança.
Hoje você é adulto e tem o direito de viver a própria vida, fazer suas próprias escolhas, tomar suas próprias decisões e se colocar como prioridade número um.
Por onde começar?
O ato de dizer “não” é como um músculo: quanto mais exercitamos, mais forte fica. É por isso que eu te aconselho a dar uma olhada nesse outro texto que eu escrevi sobre a dependência de agradar os outros antes de prosseguir nessa leitura.
Lá eu te ensino sobre o Diário do Não — um jeito prático e simples para começar a lidar com essa dependência.
1. Comece pequeno, pense grande.
Ok, ok, eu e você sabemos que dizer um simples “não” nem sempre é tão fácil e simples assim. Por isso a melhor forma de seguir em frente é dando pequenos passos e começar dizendo “não” para situações mais leves (como negar o convite daquela festa que você não está nem um pouco afim de ir, ou não emprestar algo para aquele vizinho que nunca devolve o que pegou emprestado).
2. Adie a resposta sempre que se sentir pressionado.
Um dos grandes responsáveis por você não conseguir dizer “não” para as pessoas é a sensação de pressão e urgência.
Você sabe do que eu estou falando, aquela pessoa que exige uma resposta pra ontem. A melhor forma de lidar com esse tipo de pessoa é adiando a sua resposta. Isto é, ao invés de tomar uma decisão puramente emocional — e se arrepender depois — diga que vai pensar e dar a resposta mais tarde.
Isso te dá tempo para refletir e tomar uma decisão mais racional (o que te dá mais chance e coragem de dizer “não”).
3. O “não” é suficiente por si só.
Além de se sentir pressionado em dar uma resposta, há algo que também te prende a isso: a justificativa.
Quantas vezes você não está louco (ou louca) para dizer aquele “não” de bate pronto, mas ai para, pensa, e percebe que não há nenhuma justificativa “plausível” para isso, você apenas não quer e pronto.
Mas por achar que precisa justificar a sua resposta, acaba, mais uma vez, cedendo a tentação e dizendo “sim”, mesmo querendo o contrário.
Lembre-se: não há necessidade em se desculpar ou justificar um “não”. Ele é suficiente por si só.
Liberar-se da dependência emocional com os pais é um processo que exige coragem, mas que traz uma sensação única de liberdade.
Ao dar esses pequenos primeiros passos, você começa a criar um espaço para algo ainda maior: o amor-próprio.
Inclusive, no próximo e-mail eu vou te mostrar como construir esse amor-próprio de maneira prática e poderosa — mesmo que, por agora, isso pareça uma realidade distante para você.
Por hoje é só,
Junior, seu terapeuta.
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